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  • Drª Manuela Martins Sousa;
  • Drª Maria José Hilion

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Porque muitas abordagens foram e vão sendo feitas na definição desta especialidade médica, tomámos a iniciativa de vos apresentar a descrição feita pela WONCA EUROPA 2002, sem alterações:
EURACT/WONCA 2002-2005
1. As características da Disciplina de Medicina Geral e Familiar são tais que esta:
a) è normalmente o ponto de primeiro contacto com o sistema de saúde, prestando um acesso aberto e ilimitado aos seus utentes e lidando com todos os problemas de saúde, independentemente da idade, sexo, ou qualquer outra característica da pessoa em questão;

b) utiliza eficientemente os recursos de saúde através da coordenação de cuidados, do trabalho com outros profissionais no contexto dos cuidados primários e da gestão da interface com outras especialidades, assumindo sempre que necessário um papel de advocacia pelo paciente;

c) desenvolve uma abordagem centrada na pessoa, orientada para o indivíduo, a sua família e a sua comunidade;

d) possui um processo de condução da Consulta singular, estabelecendo uma relação ao longo do tempo, através de uma comunicação efectiva entre o médico e o paciente;

e) È responsável pela continuidade da prestação de cuidados longitudinais, conforme as necessidades do paciente;

f) possui um processo próprio de tomada de decisões, o qual é determinado pela prevalência e pela incidência de doença na comunidade;

g) gere simultaneamente problemas de saúde agudos e crónicos de pacientes individuais;

h) gere afeções que se apresentam de forma indiferenciada, num estádio precoce da sua evolução, e que podem requerer uma intervenção urgente;

i) promove a saúde e o bem-estar através de uma intervenção apropriada e efetiva;

j) possui uma responsabilidade específica pela saúde da comunidade;

k) lida com problemas de saúde em todas as suas dimensões física, psicológica, social, cultural e existencial.

2. A Especialidade de Medicina Geral e Familiar
Os médicos de família são especialistas com formação nos princípios da Disciplina.

São médicos pessoais, principalmente responsáveis pela prestação de cuidados abrangentes e continuados a todos os indivíduos que procuram cuidados médicos, independentemente da sua idade, sexo ou afeção.

Prestam cuidados a indivíduos no contexto das respetivas famílias, comunidades e culturas, respeitando sempre a sua autonomia.

Reconhecem ter também uma responsabilidade profissional para com a sua comunidade.

Quando negoceiam os planos de ação o com os seus pacientes, integram fatores físicos, psicológicos, sociais, culturais e existenciais, recorrendo aos conhecimentos e é confiança gerados pelos contactos médico-paciente repetidos.

Os médicos de família desempenham o seu papel profissional promovendo a saúde, prevenindo a doença e prestando cuidados médicos de acompanhamento, curativos e paliativos.

Conseguem-no quer diretamente, quer através dos serviços de outros profissionais, consoante as necessidades de saúde e os recursos disponíveis na comunidade servida, auxiliando os pacientes, sempre que necessário, a acederem àqueles serviços.

Os médicos de família devem responsabilizar-se pelo desenvolvimento e manutenção das suas aptidões, bem como dos seus valores e equilíbrio pessoais, como base para a prestação de cuidados efetivos e seguros.

Em muitos aspetos, estes princípios são semelhantes às características da Medicina
Geral e Familiar (Clínica Geral / Medicina Familiar) descritas na declaração estrutural da
OMS:

A. Generalista
B. Continuada
C. Abrangente
D. Coordenada
E. Colaborativa
F. Orientada para a família
G. Orientada para a comunidade

A declaração da OMS pormenoriza ainda o que se entende por aquelas 7 características:
A. Generalista:
– Problemas de saúde não selecionados, em toda a população;
– Não exclui categorias em função da idade, sexo, classe social, religião, nem
qualquer categoria de problema de saúde;
– Fácil acesso, não limitado por barreiras geográficas, culturais, administrativas ou
financeiras.

B. Continuada:

– Centrada na pessoa;
– Cuidados de saúde longitudinais, durante períodos substanciais da vida, não limitados a um episodio de doença.

C. Abrangente:
Cuidados integrados envolvendo
– Promoção da saúde, prevenção da doença, cuidados curativos, de reabilitação e de suporte;
– Perspectivas física, psicológica e social;
– Aspectos clínicos, humanísticos e óticos da relação médico-paciente.

D. Coordenada:
– Cuidados geridos no ponto de primeiro contacto;
– Referenciação a serviços especializados;
– Informação aos pacientes sobre serviços disponíveis;
– Coordenação e gestão de cuidados.

E. Colaborativa:
– Funcionamento em equipas multidisciplinares;
– Delegação de cuidados, quando apropriado;
– Exercício da liderança.

F. Cuidados orientados para a família:
Abordagem dos problemas individuais no contexto de
– Circunstancias familiares;
– Redes sociais e culturais;
– Circunstâncias domésticas e laborais;

G. Orientada para a comunidade:
Sugere-se que os médicos de família deverão considerar os problemas individuais no
contexto de
– Necessidades de saúde da comunidade;
– Outros profissionais e instituições.